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Posts Tagged ‘cidadania’

FMB - Dia da Síndrome de DownA síndrome de Down é causada pela presença de três cromossomos 21 em todas ou na maior parte das células de um indivíduo. Isso ocorre na hora da concepção de uma criança. As pessoas com síndrome de Down, ou trissomia do cromossomo 21, têm 47 cromossomos em suas células em vez de 46, como a maior parte da população.

As crianças, os jovens e os adultos com síndrome de Down podem ter algumas características semelhantes e estar sujeitos a uma maior incidência de doenças, mas apresentam personalidades e características diferentes e únicas.

É importante esclarecer que o comportamento dos pais não causa a síndrome de Down. Não há nada que eles poderiam ter feito de diferente para evitá-la. Não é culpa de ninguém. Além disso, a síndrome de Down não é uma doença, mas uma condição da pessoa associada a algumas questões para as quais os pais devem estar atentos desde o nascimento da criança.

As pessoas com síndrome de Down têm muito mais em comum com o resto da população do que diferenças. Se você é pai ou mãe de uma pessoa com síndrome de Down, o mais importante é descobrir que seu filho pode alcançar um bom desenvolvimento de suas capacidades pessoais e avançará com crescentes níveis de realização e autonomia. Ele é capaz de sentir, amar, aprender, se divertir e trabalhar. Poderá ler e escrever, deverá ir à escola como qualquer outra criança e levar uma vida autônoma. Em resumo, ele poderá ocupar um lugar próprio e digno na sociedade. Saiba mais no vídeo abaixo.

Entenda a trissomia

Os seres humanos têm, normalmente, 46 cromossomos em cada uma das células de seu organismo. Esses cromossomos são recebidos pelas células embrionárias dos pais, no momento da fecundação. Vinte e três vêm dos espermatozoides fornecidos pelo pai e os outros 23 vêm contidos no óvulo da mãe. Juntos, eles formam o ovo ou zigoto, a primeira célula de qualquer organismo. Essa célula, então, começa a se dividir, formando o novo organismo. Isso quer dizer que cada nova célula é, em teoria, uma cópia idêntica da primeira.

Os cromossomos carregam milhares de genes, que determinam todas as nossas características. Desses cromossomos, 44 são denominados regulares e formam pares (de 1 a 22). Os outros dois constituem o par de cromossomos sexuais – chamados XX no caso das meninas e XY no caso dos meninos. O que ocorre, então, para um bebê apresentar 47 cromossomos, em vez de 46, e ter síndrome de Down?

Esquema o que é síndrome de Down

Por alguma razão que ainda não foi cientificamente explicada, ou o óvulo feminino ou o espermatozoide masculino apresentam 24 cromossomos no lugar de 23, ou seja, um cromossomo a mais. Ao se unirem aos 23 da outra célula embrionária, somam 47. Esse cromossomo extra aparece no par número 21. Por isso a síndrome de Down também é chamada de trissomia do 21. A síndrome é a ocorrência genética mais comum que existe, acontecendo em cerca de um a cada 700 nascimentos, independentemente de raça, país, religião ou condição econômica da família.

Clique nos links abaixo para saber mais sobre a síndrome de Down:

As diferentes formas da trissomia 21

Estatísticas

Fonte: MOVIMENTO DOWN

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Caminhada em defesa do SUS e pela regulamentação da EC 29 na Esplanada dos Ministérios em Brasília - DF

Começou a 14ª Conferência Nacional de Saúde.

Sorrisos, encontros, admirações, contundência, compromissos, alianças, denúncias, tristezas, paciência, lutas, caminhos, representações, apresentações, lideranças, caminhada, jornada, animação, desejos, reconhecimentos, política, gênero, vontades, necessidades, maravilhas, patrimônio, cidadania, atendimento, atenção, saúde, vida, alegrias, financiamento, negociata, privatizações, descompromisso, gestão, controle social, participação popular, doenças, acessibilidade, tolerância, diversidade, responsabilidade, movimento, esperanças, sonhos, confiança, povo,  …

Todos nós usamos o SUS!

100% SUS!

10% prá saúde!

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Vitória! Juiz considera SDE incompetente para impor obrigações aos médicos

Foto: divulgação/AMB
Vitória! Juiz considera SDE incompetente para impor obrigações aos médicos
Cid Carvalhaes disse que a vitória é de todos os médicos brasileiros
“Uma vitória para os médicos”! Foi assim que o presidente da Federação Nacional dos Médicos, Cid Carvalhaes, definiu a sentença dada pela 9ª Vara da Justiça Federal, que suspendeu os efeitos do ato administrativo da Secretaria de Direito Econômico (SDE) do Ministério da Justiça, que proibia médicos de suspenderem o atendimento aos usuários de planos de saúde, organizar mobilizações e coordenar descredenciamentos em massa. A liminar foi expedida na tarde desta terça-feira (24/05) pelo juiz Antônio Corrêa.

A ação contra a SDE foi proposta pela FENAM na última quarta-feira (17). De acordo com a decisão, a Secretaria de Direito Econômico não tem competência para impor obrigação de fazer ou de não fazer aos médicos e às entidades representativas da categoria, uma vez que esses não são considerados empresários, mas, sim, profissionais individuais.

A decisão foi baseada no artigo 966, parágrafo único do Código Civil, que “não considera empresário quem exerce profissão intelectual, de natureza científica, literária ou artística”.

O Conselho Federal de Medicina e a Associação Médica Brasileira também obtiveram sucesso em suas ações impetradas contra a Secretaria de Direito Econômico.

Veja a decisão FENAM  X  SDE

Fonte : Taciana Giesel, com edição de Denise Teixeira

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Justiça trucida truculência: liminar resgata direito inalienável do médico

Foto: Denise Teixeira

Justiça trucida truculência: liminar resgata direito inalienável do médico
Cid Carvalhaes: “Tínhamos a convicção de que a Justiça colocaria os assuntos nos seus devidos lugares”

19/05/2011
Com muita alegria os médicos receberam, nesta quinta-feira, a notícia de liminar derrubando medida da Secretaria de Direito Econômico (SDE), do Ministério da Justiça, que proibia médicos de suspenderem o atendimento aos planos de saúde, organizar mobilizações e coordenar descredenciamentos em massa. O Conselho Federal de Medicina havia proposto na segunda-feira, 16 de maio, ação ordinária na Justiça Federal, em Brasília, contra o processo da SDE, e nesta quinta-feira teve ganho de causa. Junto com a decisão, também veio a informação da demissão do secretário de Direito Econômico, Vinícius Marques de Carvalho.

As diretorias da Federação Nacional dos Médicos e do Sindicato dos Médicos de São Paulo, entidades presididas por Cid Carvalhaes, comemoraram a vitória e o reconhecimento da Justiça. “Tínhamos a convicção de que a Justiça colocaria os assuntos nos seus devidos lugares. A ação prepotente, ditatorial e discriminatória da SDE feria os princípios da liberdade e da representação sindical. A FENAM, o Sindicato e o movimento médico brasileiro, inconformados com medida absurda, sempre depositaram toda confiança na ação ágil do judiciário para banir decisões absurdas e ilegais, afirma Cid Carvalhaes.

Segundo ele, a concessão da liminar restaura a livre manifestação das entidades médicas na defesa dos legítimos interesses da categoria, o que representa vitória relevante do movimento médico brasileiro.

“Os médicos, quando querem, podem! A capacidade está provada, inclusive com a notícia da demissão do titular da Secretaria de Direito Econômico. Todas as ações políticas convergem de maneira sólida para conquistas definitivas na defesa intransigente dos direitos dos pacientes, na preservação da cidadania e na garantia do exercício profissional em condições dignas de trabalho e remuneração”, explica Cid Carvalhaes.

O juiz da 3ª Vara Federal de Brasília declinou da competência de julgar a ação proposta pela FENAM, transferindo a mesma para o juiz da 9ª Vara, Antonio Corrêa, que concedeu a liminar ao pedido do Conselho Federal de Medicina.

Fonte : Imprensa Simesp –

Fenam

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Leonardo Boff
Teólogo
Há duas formas principais de estarmos presentes no mundo: pelo trabalho e pelo cuidado. Como somos seres sem nenhum órgão especializado, à diferença dos animais, temos que trabalhar para sobreviver. Vale dizer, precisamos tirar da natureza tudo o que precisamos. Nessa diligência usamos a razão prática, a criatividade e a tecnologia. Aqui precisamos ser objetivos e efetivos, caso contrário sucumbimos às necessidades. Na história humana, pelo menos no Ocidente, instaurou-se a ditadura do trabalho. Este mais do que obra foi transformado  num meio de produção, vendido na forma de salário, implicando concorrência e devastação atroz da natureza e perversa injustiça social. Representantes principais, mas não exclusivos, do modo de ser do trabalho são os homens.
A segunda forma é o cuidado. Ele tem como centralidade a vida e as relações interpessoais e sociais. Todos somos filhos e filhas do cuidado, porque se nossas mães não tivessem tido infinito cuidado quando nascemos, algumas horas depois teríamos morrido e não estaríamos aqui para escrever sobre estas coisas. O cuidado tem a ver mais com sujeitos que interagem entre si do que com objetos a serem  gestionados. O cuidado é um gesto amoroso para com a realidade.
O cuidado não se opõe ao trabalho. Dá-lhe uma característica própria que é ser feito de tal forma que respeita as coisas e permite que se refaçam. Cuidar significa estar junto das coisas protegendo-as e não sobre elas, dominando-as. Elas nunca são meros meios. Representam valores e símbolos que nos evocam sentimentos de beleza, complexidade e força. Obviamente ocorrem resistências e perplexidades. Mas elas são superadas pela paciência perseverante. A mulher no lugar da agressividade, tende a colocar  a convivência amorosa. Em vez da dominação, a companhia afetuosa. A cooperação substitui a concorrência. Portadoras privilegiadas, mas não exclusivas, do cuidado são as mulheres.
Desde a  mais remota antiguidade, assistimos a um drama de consequêncas funestas: a ruptura entre o trabalho e o cuidado. Desde o neolítico se impôs o trabalho como busca frenética de eficácia e de riqueza. Esse modo de ser submete a mulher, mata o cuidado, liquida a ternura e tensiona as relações humanas. É o império do androcentrismo, do predomínio do homem sobre a natureza e a mulher. Chegamos agora a um impasse fundamental: ou impomos limites à voracidade produtivista  e resgatamos o cuidado ou a Terra não aguentará mais.
Sentimos a urgência de feminilizar as relações, quer dizer, reintruzir em todos os âmbitos o cuidado especialmente com referência às pessoas mais massacradas (dois terços da humanidade), à natureza devastada e ao mundo da política. A porta de entrada ao universo do cuidado é a razão cordial e sensível que nos permite sentir as feridas da natureza e das pessoas, deixar-se envolver e se mobilizar para a humanização das relações entre  todos, sem descurar da colaboração fundamental da razão intrumental-analítica que nos permite sermos eficazes.
É aqui que vejo a importância de podermos ter providencialmente à frente do governo do Brasil uma mulher como Dilma Rousseff. Ela poderá unir as duas dimensões do trabalho que busca racionalidade e eficácia (a dimensão masculina) e do cuidado que acolhe o mais pobre e sofrido e projeta políticas de inclusão e de recuperação da dignidade (dimensão feminina). Ela possui o caráter de uma grande e eficiente gestora (seu lado de trabalho/masculino) e ao mesmo tempo a capacidade de levar avante com enternecimento e compaixão o projeto de Lula de cuidar dos pobres e dos oprimidos(seu lado de cuidado/feminino). Ela pode realizar o ideal de Gandhi: “política é um gesto amoroso para com o povo”.
Neste momento dramático da história do Brasil e do mundo é importante  que uma mulher exerça o poder como cuidado e serviço. Ela, Dilma, imbuida desta consciência, poderá impor limites ao trabalho devastador e poderá fazer com que o desenvolvimento ansiado se faça com a natureza e não contra ela, com sentido de justiça social, de solidariedade a partir de baixo e de uma fraternidade aberta que inclui todos os povos e a inteira a comunidade de vida.

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Dia do Médico: Entidades programam mobilização nacional em Brasília

Foto: divulgação/CFM

Dia do médico: entidades programam mobilização nacional em Brasília
Na oportunidade, médicos vão mostrar ao público quais são as maiores as preocupações da categoria

 

Médicos de todo o país se reunirão em Brasília, no próximo dia 26, para uma mobilização nacional em defesa da valorização da profissão. Nesse dia, lideranças das entidades médicas nacionais apresentarão aos gestores, aos membros do Poder Legislativo e Executivo e à sociedade brasileira a pauta mínima de reivindicações, para garantir à população assistência adequada e ao profissional condições de exercer a medicina com dignidade. Na oportunidade, os médicos vão mostrar ao público quais são as maiores preocupações da categoria. A ação, organizada pela Federação Nacional dos Médicos, Associação Médica Brasileira e Conselho Federal de Medicina, faz parte das comemorações que marcam o Dia do Médico, celebrado nesta segunda-feira, 18 de outubro.

De acordo com o presidente da Federação Nacional dos Médicos, Cid Carvalhaes, a mobilização vai priorizar as pautas que envolvem a formação médica, condições de trabalho adequadas e financiamento do setor.

“O objetivo das entidades é tornar os fatos públicos, trazer à tona para a população e para o País como um todo, as más condições existentes no setor de saúde pública e privada. E também fazer com que os parlamentares se sensibilizem quanto às questões que serão apresentadas e assumam um compromisso de levá-las adiante como relevantes para o setor,” destacou Carvalhaes.

“Queremos mostrar como se encontra a saúde hoje no Brasil, não só na questão do trabalho médico, mas também mostrar o que a população está passando com a falta de um investimento maior do Governo Federal em saúde pública”, acrescentou o secretário de Saúde Suplementar da FENAM, Márcio Bichara, membro da comissão organizadora do evento.

Entre as ações, está um encontro com o ministro da Saúde, José Gomes Temporão, no qual serão apresentadas as reivindicações constantes na Carta dos Médicos à Nação , elaborada no último Encontro Nacional das Entidades Médicas (ENEM), em julho deste ano. Depois, os médicos deverão fazer uma caminhada em direção ao Congresso Nacional, culminando em um ato público no local, com a participação de líderes partidários. Antes de 26 de outubro, estão previstas outras atividades no âmbito dos estados, através das entidades locais (conselhos regionais, sindicatos e associações médicas). A meta é ampliar ao máximo a repercussão da pauta médica, inserindo a categoria no debate sobre as questões relacionadas à assistência.

Entre as defesas dos profissionais está a regulamentação da Emenda Constitucional 29, melhores condições de trabalho, carreira de Estado no SUS, honorários médicos reajustados pelas operadoras de planos de saúde anualmente, Plano de Carreira, Cargos e Vencimentos e mais recursos para o setor.

Programação:

10h00: Concentração no Ministério da Saúde e entrega do documento dos médicos
10h30: Caminhada ao Congresso Nacional
11h00: Concentração no Congresso Nacional e entrega do documento dos médicos
12h00: Reunião com os presidentes e diretores das entidades médicas na sede da Associação Médica de Brasília (AMBr)

Ouça na rádio FENAM a mensagem do presidente da FENAM aos médicos brasileiros!

Fonte: Taciana Giesel

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ELEIÇÕES 2010 E OS APROVEITADORES DA BOA FÉ E DA CREDULIDADE EVANGÉLICA

Rev. Sandro Amadeu Cerveira (02/10/10)

Talvez eu tenha falhado como pastor nestas eleições. Digo isso porque estou com a impressão de ter feito pouco para desconstruir ou no pelo menos problematizar a onda de boataria e os posicionamentos “ungidos” de alguns caciques evangélicos. [1]

Talvez o mais grotesco tenham sido os emails e “vídeos” afirmando que votar em Dilma e no PT seria o mesmo que apoiar uma conspiração que mataria Dilma (por meios sobrenaturais) assim que fosse eleita e logo a seguir implantaria no Brasil uma ditadura comunista-luciferiana pelas mãos do filho de Michel Temer. Em outras o próprio Temer seria o satanista mor. Confesso que não respondi publicamente esse tipo de mensagem por acreditar que tamanha absurdo seria rejeitada pelo bom senso de meus irmãos evangélicos. Para além da “viagem” do conteúdo a absoluta falta de fontes e provas para estas “notícias” deveria ter levado (acreditei) as pessoas de boa fé a pelo menos desconfiar destas graves acusações infundadas. [2]

A candidata Marina Silva, uma evangélica da Assembléia de Deus, até onde se sabe sem qualquer mancha em sua biografia, também não saiu ilesa. Várias denominações evangélicas antes fervorosas defensoras de um “candidato evangélico” a presidência da república simplesmente ignoraram esta assembleiana de longa data.

Como se não bastasse, Marina foi também acusada pelo pastor Silas Malafaia de ser “dissimulada”, “pior do que o ímpio” e defender, (segundo ele), um plebiscito sobre o aborto. Surpreende como um líder da inteligência de Malafaia declare seu apoio a Marina em um dia, mude de voto três dias depois e à apenas 6 dias das eleições desconheça as proposições de sua irmã na fé.

De fato Marina Silva afirmou (desde cedo na campanha, diga-se de passagem) que “casos de alta complexidade cultural, moral, social e espiritual como esses, (aborto e maconha) deveriam ser debatidos pela sociedade na forma de plebiscito” [3], mas de fato não disse que uma vez eleita ela convocaria esse plebiscito.

O mais surpreendentemente, porém foi o absoluto silêncio quanto ao candidato José Serra. O candidato tucano foi curiosamente poupado. Somente a campanha adversária lembrou que foi ele, Serra a trazer o aborto para dentro do Sistema Único de Saúde (SUS) [4]. Enquanto ministro da saúde o candidato do PSDB assinou em 1998 a norma técnica do SUS ordenando regras para fazer abortos previstos em lei, até o 5º mês de gravidez [5]. Fiquei intrigado que nenhum colega pastor absolutamente contra o aborto tenha se dignado a me avisar desta “barbaridade”.

Também foi de estranhar que nenhum pastor preocupado com a legalização das drogas tenha disparado uma enxurrada de-mails alertando os evangélicos de que o presidente de honra do PSDB, e ex-presidente da República Fernando Henrique Cardoso defenda a descriminalização da posse de maconha para o consumo pessoal [6].

Por fim nem Malafaia, nem os boateiros de plantão tiveram interesse em dar visibilidade a noticia veiculada pelo jornal a Folha de São Paulo (Edição eletrônica de 21/06/10) nos alertando para o fato de que “O candidato do PSDB à Presidência, José Serra, afirmou nesta segunda-feira ser a favor da união civil e da adoção de crianças por casais homossexuais.” [7]

Depois de tudo isso é razoável desconfiar que o problema não esteja realmente na posição que os candidatos tenham sobre o aborto, união civil e adoção de crianças por homossexuais ou ainda a descriminalização da maconha. Se o problema fosse realmente o comprometimento dos candidatos e seus partidos com as questões acima os líderes evangélicos que abominam estas propostas não teriam alternativa.

A única postura coerente seria então pregar o voto nulo, branco ou ainda a ausência justificada. Se tivessem realmente a coragem que aparentam em suas bravatas televisivas deveriam convocar um boicote às eleições. Um gigantesco protesto a-partidário denunciando o fato de que nenhum dos candidatos com chances de ser eleitos tenha realmente se comprometido de forma clara e inequívoca com os valores evangélicos. Fazer uma denuncia seletiva de quem esta comprometido com a “iniqüidade” é, no mínimo, desonesto.

Falar mal de candidato A e beneficiar B por tabela (sendo que B está igualmente comprometido com os mesmo “problemas”) é muito fácil. Difícil é se arriscar num ato conseqüente de desobediência civil como fez Luther King quando entendeu que as leis de seu país eram iníquas.

Termino dizendo que não deixarei de votar nestas eleições.

Não o farei por ter alguma esperança de que o Estado brasileiro transforme nossos costumes e percepções morais em lei criminalizando o que consideramos pecado. Aliás tenho verdadeiro pavor de abrir esse precedente.

Não o farei porque acredite que a pessoa em quem votarei seja católica, cristã ou evangélica e isso vá “abençoar” o Brasil. Sei, como lembrou o apóstolo Paulo, que se agisse assim teria de sair do mundo.

Votarei consciente de que os temas aqui mencionados (união civil de pessoas do mesmo sexo, descriminalização do aborto, descriminalização de algumas drogas entre outras polêmicas) não serão resolvidos pelo presidente ou presidenta da república. Como qualquer pessoa informada sobre o tema, sei que assuntos assim devem ser discutidos pela sociedade civil, pelo legislativo e eventualmente pelo judiciário (como foi o caso da lei de biossegurança) [8] com serenidade e racionalidade.

Votarei na pessoa que acredito representa o melhor projeto político para o Brasil levando em conta outras questões (aparentemente esquecidas pelos lideres evangélicos presentes na mídia) tais como distribuição de renda, justiça social, direitos humanos, tratamento digno para os profissionais da educação, entre outros temas. (Ver Mateus 25: 31-46) Estas questões até podem não interessar aos líderes evangélicos e cristãos em geral que já ascenderam à classe média alta, mas certamente tem toda a relevância para nossos irmãos mais pobres.

______________________

NOTAS

[1] As afirmações que faço ao longo deste texto estão baseadas em informações públicas e amplamente divulgadas pelos meios de comunicação. Apresento os links dos jornais e documentos utilizados para verificação.

[2] http://www.hospitaldalma.com/2010/07/o-cristao-verdadeiro-nao-deve-votar-na.html

[3]http://ultimosegundo.ig.com.br/eleicoes/marina+rebate+declaracoes+de+pastor+evangelico+silas+malafaia/n1237789584105.html
Ver também http://www1.folha.uol.com.br/poder/805644-lider-evangelico-ataca-marina-e-anuncia-apoio-a-serra.shtml

[4]http://blogdadilma.blog.br/2010/09/serra-e-o-unico-candidato-que-ja-assinou-ordens-para-fazer-abortos-quando-ministro-da-saude-2.html

[5] http://www.cfemea.org.br/pdf/normatecnicams.pdf

[6] http://www.gazetadopovo.com.br/vidaecidadania/conteudo.phtml?tl=1&id=856843&tit=FHC-e-intelectuais-pedem-legalizacao-da-maconha

[7] http://www1.folha.uol.com.br/poder/754484-serra-se-diz-a-favor-da-uniao-civil-e-da-adocao-de-criancas-por-gays.shtml

[8] http://www.eclesia.com.br/revistadet1.asp?cod_artigos=206

Fonte: Segunda Igreja Presbiteriana de Belo Horizonte (www.segundaigreja.org.br)

Luiz Nassif On Line

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Uma Campanha Nacional de Doação de Órgãos é um importante ato de cidadania ao qual precisamos atrelar o maior número possível de pessoas.

Faça parte dessa turma!

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25 DE JULHO – DIA DA MULHER NEGRA

“Mulheres Negras e Poder em Goiás”

Abordando a Temática

Em 1992, na República Dominicana, cerca de 400 mulheres negras do mundo inteiro, reunidas para o 1º. Encontro de Mulheres Negras da América Latina e do caribe, firmaram o 25 de julho como o dia da Mulher Negra na América Latina e no Caribe, a ser celebrado em clima de reflexão, luta e festividade.

A data marca a luta pelos direitos das mulheres negras  no intuito de visibilizá-las, possibilitando assim a discussão de  temas relativos à condição das mesmas, apontando para a superação das desigualdades históricas baseadas na opressão de classe, gênero e raça.

Comemorar o dia 25 de julho é assumir o inteiro teor da luta antirracista, unindo as lutas do povo negro às da plataforma feminista para transformar a mentalidade e as práticas discriminatórias, contribuir para a implementação de políticas públicas e oportunizar maior participação e cidadania às mulheres negras.

O Fórum Estadual de Mulheres Negras, tendo o Grupo de Mulheres Negras Dandara no Cerrado na coordenação,  lidera as comemorações do dia 25 de julho, “Dia da Mulher Negra na América Latina e no Caribe”, como parte de sua luta para promover as mulheres negras, combater a violência e a discriminação racial e de gênero, construindo um mundo em que a diversidade seja valorizada.

Neste ano de 2010 a proposta é avançar a luta e manter uma programação durante todo o mês de julho. Sob o tema “Mulheres Negras e Poder” realizaremos uma campanha em favor da inclusão das mulheres negras nos espaços de participação política, social, econômica, cultural e religiosa.  Abordando a temática do poder de forma ampla,  focalizando e denunciando as hierarquias que excluem as mulheres negras de participar da produção e socialização dos bens materiais e culturais.

Programação

24 de julho de 2010

9h às 12h – Ato público e  panfletagem  na Praça do Bandeirante

25 de julho de 2010

9h-12 h Panfletagem na Feira Hippie

Contatos

Janira  – 9679-9900   3946-1143

Marta Cezaria  – 9268- 6650

Anadir Cesário  9678- 1213

Realização:

Grupo de Mulheres Negras Dandara no Cerrado

Fórum Estadual de Mulheres Negras

Associação de Mulheres e Adolescentes do Estado de Goiás

Coletivo de Negros/as do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Goiás

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Nós abandonaremos novamente as mulheres afegãs?
International  Herald Tribune
Thea Garland

  • Mulher vestida com burcaMulher vestida com burca

“Os direitos da mulher são direitos humanos”, declarou Hillary Clinton na Quarta Conferência das Nações Unidas sobre a Mulher, em 1995. Com a “boa guerra” do presidente Barack Obama no Afeganistão indo mal e as negociações com o Taleban parecendo cada vez mais prováveis, nunca houve uma maior necessidade de lembrar essas palavras.

Apesar de ser difícil discordar dos generais e políticos que dizem que uma vitória militar não é possível e que uma solução política precisa ser encontrada, será pedido para as mulheres do Afeganistão que paguem com seus direitos por este acordo político?

Em qualquer negociação, o Ocidente insistirá que o Taleban não permita que a Al Qaeda instale campos de treinamento ou opere a partir do território afegão. O Taleban poderá concordar com isso. Mas não basta. Os Estados Unidos e a Otan não devem retirar suas tropas sem um compromisso de respeito às liberdades civis e uma garantia dos direitos da mulher. Isso é possível?

Como lembrete, este é o mesmo Taleban cuja repressão brutal deixou mulheres sob virtual prisão domiciliar e sujeitas a um terror incessante durante seus seis anos de governo.

Esse é o mesmo Taleban que negou às mulheres o direito à educação e ao trabalho, as privou de participação política e social; chicoteou, bateu e abusou verbalmente delas por rirem alto ou por não cobrirem seus corpos e rostos já cobertos de acordo com as regras do Taleban.

Esse é o mesmo Taleban que arrastou garotas para um estádio de futebol em Cabul para serem executadas publicamente, por conduta que não seria considerada criminosa segundo qualquer lei democrática.

Mesmo anos após as forças da coalizão terem invadido o Afeganistão, as mulheres ainda sofrem constante ameaça. Em 2006, a ativista dos direitos da mulher, Safia Amajan, foi morta a tiros por sugerir que as mulheres tinham direito à educação e ao trabalho, e no ano passado garotas adolescentes em Kandahar tiveram ácido jogado em seus rostos por frequentarem a escola.

E quem representaria as mulheres em qualquer negociação com o Taleban? Generais e diplomatas do sexo masculino de meia-idade? Os senhores da guerra afegãos e os detentores de poder pashtuns? Parece improvável que será permitido que as mulheres tenham um lugar significativo à mesa. Dentre os milhares reunidos na Jirga da paz afegã em junho, as mulheres estavam em pequeno número e nenhuma esteve envolvida em seu planejamento.

“A crença é de que as mulheres não são importantes”, disse Samira Hamidi, diretora da Rede das Mulheres Afegãs, descrevendo a mentalidade que ela diz que “não mudou nos últimos oito anos”.

A Constituição afegã garante a igualdade para as mulheres. Mas se o Taleban for trazido ao governo, ele provavelmente exigirá a lei Shariah, pelo menos em algumas áreas. O Irã, invocando a lei Shariah, sentenciou na semana passada Sakineh Mohammadi Ashtiani, 43 anos e mãe de dois, à morte por apedrejamento por suposto “adultério enquanto estava casada”. (Após um protesto internacional, o governo iraniano recuou, apesar do destino dela ainda ser incerto.)

Essas práticas bárbaras predominavam durante o regime do Taleban. O Ocidente tem pouca influência sobre o Irã, mas no Afeganistão ele tem a oportunidade de ajudar a determinar o destino de seu povo.

Nós estamos preparados para partir, cientes de que as mulheres poderão novamente ser atadas, enterradas no chão até o pescoço e apedrejadas até sangrarem lentamente até a morte? Após invadirmos o país, nós não temos o imperativo moral de deixá-lo melhor do que o encontramos?

Mesmo se o Taleban se comprometer a honrar os direitos das mulheres, é difícil conceber como isso seria fiscalizado. Se o Taleban não cumprir a promessa e permitir bases da Al Qaeda, é fácil imaginar que mísseis americanos choverão novamente no país. O Ocidente voltaria à guerra se o Taleban não cumprisse a promessa de permitir que garotas frequentem escolas e que mulheres trabalhem?

No início desta guerra que já dura nove anos, Cherie Blair e Laura Bush, entre outros, a defenderam como uma guerra para libertar as mulheres do Afeganistão. O argumento moral delas foi ridicularizado por alguns comentaristas. “Seria a primeira guerra imperial na história para libertar as mulheres”, escreveu Tariq Ali, um proeminente esquerdista paquistanês. Infelizmente, o escárnio dele poderá provar ter sido apropriado.

Nos anos 80, os Estados Unidos financiaram a guerra islâmica contra os soviéticos por interesses próprios e então partiram, deixando para trás um terreno fértil para os terroristas e para a escravidão brutal das mulheres assim que o Taleban assumiu o controle do país.

Nós não podemos permitir que o progresso dos últimos nove anos seja tomado das mulheres do Afeganistão. Nós não podemos abandoná-las de novo. Os direitos da mulher, afinal, são direitos humanos.

*Thea Garland é uma escritora free-lance de Londres.

Tradução: George El Khouri Andolfato

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